Depois das saudosas revistas Dragon e Dungeon, agora é a vez do cenário de campanha Dragonlance ter seus direitos revertidos para a Wizards of the Coast, saindo das mão de nada mais nada menos que Margaret Weis, sua criadora.

Quem melhor para dar continuidade ao projeto do que uma de suas criadoras? Para quem não liga o nome a pessoa, Weis é a parceira de Tracy Hickman na criação de um dos mais aclamados mundos de fantasia do universo do RPG, e vinha lançando ótimos produtos para a ambientação através de sua editora, a Margaret Weis Productions. É a quarta licença que a WotC retoma no passado recente, junto com as revistas da Paizo, Ravenloft e o gerador de personagens e-Tools.

O descontentamento dos fãs pelo cancelamento das duas revistas é tremendo, e profissionais que não mais trabalham para os magos que vivem na beira-mar também tornaram públicas suas crí­ticas. Ryan Dancey, ex-diretor de marca do D&D, considera o cancelamento das revistas um erro clássico, conteúdo digital não funciona como um substituto direto para material impresso. Monte Cook acha que foi um tremendo passo em falso, não importa qual for o motivo. Ele lembra ainda que as duas revistas foram vitais durante o lançamento da 3a edição, servindo para divulgar o produto e aumentar a expectativa sobre as novas regras.

Pensamento diferente tem os profissionais ainda ligados aos responsáveis pelo cancelamento das revistas. Bill Slavicsek diz estar empolgado com as possibilidades que essa mudança pode trazer. Chris Thomasson, atualmente designer de jogos da WotC e que já ocupou diversos cargos nas duas revistas, acha que as revistas não estão indo para lugar nenhum a não ser de volta para casa.

Não será surpresa que, antes do fim do ano, uma nova edição do D&D com um forte componente digital seja anunciado. Com marcas fortes de volta em suas mãos, Dragonlance, Ravenloft, a WotC fica com mais cartas na manga para tentar reinventar novamente a roda. Será a 4a edição completamente digital?